09 junho 2010

Se a palavra sonora morre...



"Quem não busca a cruz de Cristo não busca a glória de Cristo." - São João da Cruz

Se a palavra sonora morre, a tradição morre e a humanidade também sucumbe.




Daqui decorre também o meu interesse por Podcasts e o mobile storming (celular). Acredito piamente que a tradição de um povo passa pela audição. O único canal que não sofre interferências; pois é quando a mensagem entra direto aos ouvidos e chega na alma da pessoa sem ao menos pedir licença. Foi assim com o povos mais antigos da terra. O povo judeu. A tradição de sua fé que foi passada de pai para filho, avô para neto e assim vai a fora. Isto tem acontecido com outros povos em maior ou menor escala de grandeza ou valor. Antes de Confúcio ao decorrer dos dois milênios do precursor do cristianismo, Jesus Cristo e seus discípulos, não cursaram nenhuma universidade. Desta forma a grande maioria de sábios emanaram do povo e a sabedoria adveio de um meio, na maioria das vezes, precário e simples. Porém com a pedagogia tribal de pai pra filho citada a pouco.

Quem me conhece sabe que passei grande parte da minha vida fissurado em imagens estáticas. Ilustrações, fotografia, palavra escrita, etc. Imaginem a crise ocorrida quando me fizeram compreender este artifício? Ou seja, o melhor da mensagem é não obter nenhum obstáculo até ao ouvinte - Sei que devo ter sido iterpestivo. Experimentei diversos cursos no colegial, deixando o de publicidade inacabado, e trancando a faculdade de jornalismo no CEUB no último semestre e tratando de começar do 'zero'. Com isto me via aqui em Brasília opções incipientes ao meu alcance. Queria algo que proporcionasse uma modalidade flexível, independente e abrangente. E não havendo internet e nem oficina de mídia televisiva, só haviam duas opções: Ou fazia um uma espécie de estágio numa rádio ou procurar um nicho que não houvesse muito condicionamento por chefias. Dulcina de Morais parecia ser de longe o melhor ao meu alcance. Fiz licenciatura plena, que de quebra me trouxe um idéia concisa de didática e pedagogia.

Voltando a questão da imagem, o fator eficácia na comunicação, pode vir bater contra o modo de pensar de uma legião de visionários imagéticos mais incautos. Só expresso aqui a minha opinião. Ir contra isto é ficar sofrendo diante de agrupamentos, franquias e institucionalizações.

Nós. A nossa sociedade estamos atolados até ao pescoço com o pós-moderno... E vejo este pós-moderno com um horror terrível em nosso tempo. Isto merece o quanto antes, um a parte.

Muitas experiências congnitivas ou exprecividades se esvaem pelos vãos dos dedos de nossas mãos e surge uma proposta de sociedade menos hipócrita, porém nada digestiva. Confiram centenas e centenas de atitudes paranóicas e levianas... Eis porque sou contra o humanismo material racionalista surgido do século retrasado. Maneira de pensar e agir eclodidos com a revolução francesa esboçada pela burguesia da época bem como os consequentes pensadores enciclopedistas.

Dedico me exponencialmente a mídia digital. Sobretudo multimídia na web ou endomarketing. Se hora apelo para alguma mostra de arte pictórica nos moldes antigos, é poque os projetos ainda estão sendo forjados no ateliê. Sei também que com advento da Web rui por terra a ideia de aldeia global - E surge os guetos culturais, as inúmeras tribos. Cujos jovens de nossa época, para não serem confundidos agarram desesperadamente e com clamor a tatuagens, pircings, pichações e street art. Uma forma de se preservar e demarcar territórios de uma forma tosca mas que, no momento, é o que somente possuem em suas mãos de forma autêntica. É o que receberam e nada mais. - Os bárbaros, lá atrás também tinham a sua maneira - A civilização não chegara lá a tempo. E para terminar, sem o império hegemônico da aldeia global, vê-se que todos - Que nem a juventude, desejosos de agarrar e se ater a seu filão ou sua própria crença a todo o custo, mesmo que de forma fragmentada, procura o seu nicho para sobreviver.





Um dos grandes comunicadores que nossa cidade (Brasília) teve, o precursor, Meira Filho, vem assinando com esta maravilhosa entrevista, esmerada pela Rosemary Cavalcanti, um depoimento que não devemos deixar escapar por este 'buraco negro' pós-modernista. Provavelmente o Meira tinha um programa que começava com um gingle cantado pela voz da na voz de Lana Bittencourt ou Doris Monteiro. Quem possuir o gingle que tal compartilhar conosco? Porque não tenho e não consegui obter após uma exaustiva pesquisa na web.


Não sei como o nosso cérebro é mesmo 'pank'. Toda vez que coloco o cinto de segurança ao dirigir algum veículo, lembro-me deste grande cara, Meira Filho. Para quem ainda não sabe, foi dele o projeto para instituir a obrigatoriedade do cinto de segurança que tem salvado milhões de vidas. Aqui nos agarramos num aparente 'cinto de segurança', ops... quero dizer GALHO. Pois, sim senhor! Merecem estar aqui no Retrospectiva!

Sem mais lenga-lenga vai o que se segue:

A Mangueira na Lua


"...Conclusão. A rádio saiu do ar. E eu, mais uma vez senti o valor, e a grande importância tem em nosso país continental. O rádio é a alegria dos pobres, é o jornal falado dos analfabetos, chega até aonde não existe eletricidade, porque há o radiozinho de pilha. Então é uma força que não tem tamanho. É uma força que até hoje não foi devidamente considerado pelo governo brasileiro."

O dia começa com música

Um dos primeiros apresentadores da Rádio Nacional de Brasília (AM), o locutor João Assis Meira Filho (foto) começou a trabalhar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro em 1949 e veio para a nova capital em 57. Enfrentou o desafio de fazer comunicação na cidade que ainda saía da prancheta.
Aqui, ele apresentou um programa que ficou famoso em todo o país por levar o recado dos candangos para suas famílias. O programa chamava “O dia começa com música”.
Nesta entrevista, concedida à repórter Rosemary Cavalcanti, Meira Filho fala sobre os programas de auditório das décadas de 60 e 70, das dificuldades durante o período do governo militar e do amor pela profissão.

"...acho que o rádio é mais eficiente do que a televisão. Porque o rádio não exige que você leve um equipamento imenso para fazer uma transmissão..."

“Quando rebentou a revolução, cheguei para trabalhar de manhã e falei: hoje, estamos trabalhando com absoluta segurança, aqui do meu lado tem um sargento com metralhadora, ali com o operador dois soldados cada um com um fuzil. Então, estamos seguros, protegidos. Nessa altura, todos tomaram conhecimento que a Rádio Nacional estava ocupada”, lembra Meira Filho.
“O rádio é de uma valia extraordinária. Até hoje não apareceu nada que tenha suplantado o rádio. Lembrem-se dos que estão do outro lado nos ouvindo. O rádio é ponto central de comunicação entre todas as pessoas.”

Ouça a entrevista

Compilação do portal de memórias da Radio Nacional

Sugestões sumariadas:




Causos do Rádio - Geraldinho

Último Repórter Esso






Pe José de Anchieta. - Rogai por nós!

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